sábado, 11 de outubro de 2008

NEURONIOS




CÉLULAS NERVOSAS : NEURÔNIOS

Neurônio é a célula do sistema nervoso responsável pela condução do impulso nervoso. Há cerca de 100 milhões de neurônios no sistema nervoso humano. O neurônio é constituído pelas seguintes partes: corpo celular (onde se encontra o núcleo celular), dendritos, axônio e telodendro. O neurônio pode ser considerado a unidade básica da estrutura do cérebro e do sistema nervoso. A membrana exterior de um neurônio toma a forma de vários ramos extensos chamados dendritos, que recebem sinais elétricos de outros neurônios, e de uma estrutura a que se chama um axônio que envia sinais elétricos a outros neurônios. O espaço entre a dendrite de um neurônio e o axônio de outro é o que se chama uma sinapse: os sinais são transportados através das sinapses por uma variedade de substâncias químicas chamadas neurotransmissores. O córtex cerebral é um tecido fino composto essencialmente por uma rede de neurônios densamente interligados tal que nenhum neurônio está a mais do que algumas sinapses de distância de qualquer outro neurônio.
Os neurônios recebem continuamente impulsos nas sinapses das suas dendrites vindos de milhares de outras células. Os impulsos geram ondas de corrente elétrica (excitatória ou inibitória; cada uma num sentido diferente) através do corpo da célula até a uma zona chamada a zona de disparo, no começo do axônio. É aí que as correntes atravessam a membrana celular para o espaço extracelular e que a diferença de voltagem que se forma na membrana determina se o neurônio dispara ou não.
Os neurônios caracterizam-se pelos processos que conduzem impulsos nervosos para o corpo e do corpo para a célula nervosa. Os impulsos nervosos são reações físicoquímicas que se verificam nas superfícies dos neurônios e seus processos. Reações semelhantes ocorrem em muitos outros tipos de células mas elas são mais notáveis nos neurônios, cujos caracteres estruturais se destinam a facilitar a transmissão dos impulsos a grandes distâncias. A cromatina nuclear é escassa, enquanto que o nucléolo é muito proeminente. O DNA está presente na cromatina sexual, que é maior em neurônios de indivíduos do sexo feminino. A substância cromidial no citoplasma é chamada de substância de Nissl. À microscopia eletrônica mostra-se disposta em tubos estreitos recobertos de finos grânulos. Estudos histoquímicos e outros demostraram-na constituída de nucleoproteínas. Estas nucleoproteínas diminuem durante a atividade celular intensa e durante a cromatólise que se segue à secção de axônios. Existem três tipos de neurônios: sensitivos, motores e conectores. O neurônio sensitivo leva a mensagem do receptor (órgão dos sentidos) até à medula espinal ou ao cérebro. O neurônio motor transmite aos músculos ou glândulas a ordem do cérebro ou da medula. O neurônio conector conduz os impulsos entre os neurônios sensitivos e os neurônios motores.




Os neurônios motores conduzem impulsos desde o sistema nervoso central até os efetores somáticos, representados pelos músculos esqueléticos. Estes neurônios encontram-se conectados ao sarcolema das fibras musculares por meio de uma placa motora terminal, formando, desta maneira, a união neuromuscular. Quando os impulsos nervosos chegam ao extremo distal do neurônio, libera-se acetilcolina até a fenda sináptica. Este neurotransmissor toma contato com o sarcolema da fibra muscular correspondente, iniciando-se, desta maneira, um impulso no sarcolema como conseqüência do estímulo dos receptores de acetilcolina. na primeira imagem consta uma figura de um neurônio motor.
Chama-se de união neuromuscular a região de contato entre um neurônio motor e o sarcolema da fibra muscular inervado por aquele. Esta união neuromuscular é um tipo particular de sinapse na qual, de pequenas vesículas sinápticas, é liberado o neurotransmissor acetilcolina na fenda sináptica, para que interaja com os receptores nicotínicos da união neuromuscular. O acoplamento da acetilcolina com o seu receptor gera uma série de acontecimentos que terminam por desencadear a contração muscular. na segunda imagem consta uma figura ilustratativa da união neuromuscular.

A VELOCIDADE DE CONDUÇÃO
A velocidade de condução por meio dos nervos encontra-se determinada pela capacitância elétrica e a resistência do axônio. Já que os axônios mais grossos apresentam menor capacitância do que os finos, os primeiros promovem uma condução mais rápida. Outra maneira de aumentar a velocidade de condução é por meio da diminuição da perda desta membrana. A mielina, produzida no sistema nervoso periférico pelas células de Schwann, permite que altas velocidades de condução sejam alcançadas, ao diminuir a capacitância e evitar a perda produzida pela membrana plasmática. As células de Schwann, diferentemente dos oligodendrócitos, podem envolver somente um nervo com a sua bainha de mielina.

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